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Cobra-de-água-viperina
Foto: Vasco Flores Cruz
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NOME CIENT�FICO

CURIOSIDADES

Quando ameaçada pode exalar um odor nauseabundo ou fingir-se de morta.

Para defesa, assume uma postura que se assemelha a uma víbora, expandindo a cabeça para adoptar uma forma triangular, emite silvos e ameaça morder. Estes comportamentos, em conjunto com o padrão dorsal em zigue-zague, estão na origem do seu nome comum, devido às parecenças com as víboras.

Excelente nadadora, raramente se afasta da água. É menos ágil e veloz em terra.

Pode viver até 20 anos.

É uma serpente aglifa, ou seja, não possui dentes inoculadores de veneno, não representando qualquer perigo para a espécie humana humana.

CARACTER�STICAS

Descri��o

Família Colubridae

O corpo é cilíndrico, fino, pouco comprido, coberto por escamas carenadas (com vinco central), a coloração pode ser acastanhada, amarelada, esverdeada ou acinzentada com manchas acastanhadas ou negras, formando um zigue-zague na região médio-dorsal.

O ventre é esbranquiçado, amarelado ou avermelhado com manchas negras quadrangulares.

A cabeça desta cobra destaca-se bem do corpo, apresenta 1 ou 2 manchas escuras em forma de V invertido e possui focinho curto e arredondado. Tem a pupila redonda (as víboras têm pupila vertical).

Possui 2 placas pré-oculares, 2 pós-oculares e 7 supralabiais (a 3ª e a 4ª estão em contacto com o olho).

As fêmeas são habitualmente maiores que os machos. Os machos possuem, em proporção, a cauda mais comprida do que as fêmeas. Os juvenis apresentam uma coloração mais contrastada, mas o padrão é semelhante aos adultos.

Distingue-se da cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora) pela coloração distinta, tamanho inferior e pelo número de placas pré-oculares e pós-oculares.

Dimensões

Adultos: 65 a 70 cm de comprimento total, ocasionalmente atinge 130 cm.

Recém-nascidos: 14 a 20 cm de comprimento total.

Habitat

Presente nas proximidades de habitats aquáticos como charcos, lagos, represas, pântanos, cursos de água, barragens, canais de irrigação e, como tolera elevados níveis de salinidade, é comum em paúis costeiros, lagoas e outros locais de água salobra.

Comportamento

Permanece activa todo o ano excepto durante a hibernação que decorre entre Novembro e Fevereiro. Espécie diurna mas durante o Verão pode manter actividade crepuscular e nocturna. Para favorecer a termoregulação é muito frequente expandir-se lateralmente sob o substrato.

Ciclo de Vida

Os machos atingem a maturidade sexual aos 3 anos e as fêmeas aos 4-5.

Podem existir dois períodos de reprodução: entre Março e Maio e outro entre Setembro e Outubro. A fêmea deposita cerca de 7 ovos debaixo de pedras, entre raízes de arbustos ou restos vegetais em decomposição, eclodindo entre Agosto e Outubro.

Alimentação

Inclui na sua dieta invertebrados, larvas e adultos de anfíbios, peixes pequenos, podendo esporadicamente consumir outros répteis e micromamíferos. A alimentação ocorre principalmente dentro de água. Como principais predadores salienta-se a cobra-rateira, garça-real, aves de rapina (milhafres, águia-cobreira, etc.) e, por vezes, alguns mamíferos como a lontra e ouriços.

Distribuição

Presente na Península Ibérica, ilhas Baleares, Centro e Sul de França, Sudoeste da Suíça, Noroeste de Itália, Córsega, Sardenha e Norte de África.

Distribui-se por todo o território português.

Estatuto de conservação

Portugal: LC (Pouco Preocupante).

Espanha: LC (Pouco Preocupante).

Global: LC (Pouco Preocupante).

Consta no Anexo III da Convenção de Berna.

Nome Científico

Natrix maura