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Lontra-europeia
Adulto. Foto: Bruno Herlander
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NOME CIENT�FICO

CURIOSIDADES

Pode viver até 20 anos em cativeiro e cerca de 10 anos em estado selvagem.

Manter a pelagem em bom estado é uma tarefa muito importante para a lontra. Ela passa horas a pentear-se!

A lontra é uma nadadora resistente, podendo nadar até 8 horas sem parar!

CARACTER�STICAS

Descri��o

A cabeça é achatada; o focinho é arredondado e largo; o corpo é alongado e flexível; os membros e pescoço são curtos; as orelhas e olhos pequenos; a cauda é longa e vigorosa (musculada), achatada na base e afunila suavemente até à ponta. Têm membrana interdigital a unir os dedos das patas que são espalmados.

O pelo é de cor castanha escura em quase todo o corpo, com exceção da região do ventre, que é mais clara. Esta pelagem, espessa e sedosa, é constituída por duas camadas de pelos, a mais externa responsável pela impermeabilização e a mais interna pelo isolamento térmico.

As orelhas, as narinas e os olhos situam-se na parte superior da cabeça de modo a manterem-se fora de água quando o animal nada à superfície.

Quando mergulha, os ouvidos e as fossas nasais são fechados hermeticamente e ajusta a curvatura do cristalino, o que lhe permite a visualização de imagens focadas dentro e fora de água.

Alimentação

Espécie carnívora. Alimenta-se sobretudo de peixe, embora também possa consumir anfíbios, répteis, aves aquáticas, pequenos mamíferos e invertebrados como lagostins, caranguejos e insectos.

Habitat

Surge em vários tipos de massas de água desde locais com água doce como rios, ribeiras, pauis, sapais, pântanos, charcos, albufeiras, lagoas, canais, barragens e açudes até locais com água salgada e salobra como zonas costeiras e estuarinas.

Nome Científico

Lutra lutra

Comportamento

A lontra é maioritariamente nocturna, já que durante o dia repousa na toca ou na cama. Os machos adultos são solitários e apenas se juntam às fêmeas para acasalar. Os grupos familiares são constituídos por uma ou mais fêmeas e as crias desse ano.

Constroem ou aproveitam tocas abandonadas localizadas nas margens, entre raízes de árvores, troncos velhos e ocos, cavidades rochosas ou buracos. Por vezes, existe uma entrada para a toca debaixo da água.

Podem fazer camas à superfície em cima da vegetação.

Distribuição

Surge na Europa Ocidental, Ásia e Noroeste Africano.

Em Portugal distribui-se em todo o território nacional.

Estatuto de conservação

Nacional: LC (Pouco preocupante).

Espanha: V (Vulnerável).

Global (IUCN 2001): NT (Quase Ameaçado).

Directiva Habitats: Anexo II e IV.

Convenção de Berna: Anexo II.

Conveção de Washington (CITES).

Reprodução

Todo o ano. Nascem entre 1 a 4 crias. Os machos são solitários e necessitam de territórios grandes.

Dimensões

Os machos são maiores, chegando a atingir 120 cm de comprimento (Cauda: 40 cm), enquanto as fêmeas atingem cerca de 105 cm (Cauda: 30 cm).

O macho pesa entre 9 e 14 kg, sendo a fêmea ligeiramente mais leve (cerca de 7Kg).